Desnutrição entre idosos no Brasil: um chamado para um serviço humanizado e integrado
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 21 de jul.
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A recente audiência pública realizada em 9 de abril de 2025 pela Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa chamou a atenção para um cenário paradoxal e preocupante no Brasil, apesar da queda no índice de idosos com baixo peso (de 18 % em 2009 para 12 % atualmente), mais de metade dessa população convive com sobrepeso ou obesidade e ainda assim, enfrenta perda significativa de massa muscular, condição conhecida como obesidade sarcopênica.
Esse quadro preocupante é agravado pelo consumo crescente de alimentos ultraprocessados, cujo baixo custo e conveniência mascaram déficits nutricionais graves. Essa alimentação, além de prejudicar a composição corporal, eleva o risco de doenças crônicas, como hipertensão e câncer, e compromete a funcionalidade física dos idosos.
Diante do avanço silencioso da desnutrição, que muitas vezes é mascarada pelo excesso de peso, a forma como os cuidados são oferecidos a essa faixa etária tem sido repensada. Mais do que garantir refeições regulares, é fundamental oferecer um acompanhamento contínuo, respeitoso e individualizado, que leve em conta as necessidades físicas, emocionais e sociais de cada pessoa. Nesse contexto, o cuidado humanizado surge como uma resposta sensível e necessária, promovendo equilíbrio, autonomia e independência.
Ao realizar um acompanhamento nutricional frequente, é possível identificar precocemente perdas musculares e receber uma orientação alimentar adequada à rotina do idoso. Isso ocorre por meio da atuação conjunta de diferentes profissionais, como nutricionistas, cuidadores, fisioterapeutas e educadores físicos. Esse trabalho integrado tem se mostrado eficaz na construção de planos de cuidado que valorizam a funcionalidade e o bem-estar dos idosos.
Vale o destaque que, ao colocarmos a pessoa idosa no centro do cuidado, mostramos que é possível envelhecer com leveza, dignidade e sentido. Apoiar esse processo com escuta, técnica e presença faz toda a diferença, não apenas nos resultados clínicos, mas, sobretudo, na forma como o idoso se sente cuidado, visto e respeitado em sua individualidade.
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