Orgulho de ser e envelhecer: A luta por cuidado especializado para idosos LGBTQIA+
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 23 de jul.
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O envelhecimento da população LGBTQIA+ é uma pauta urgente que demanda atenção específica do poder público e dos serviços de saúde. Conforme evidenciado em recente matéria da Agência Brasil, junho é considerado o mês do orgulho e trouxe à tona a necessidade de serviços de saúde e acolhimento adequados ao envelhecimento da comunidade, ressaltando que ainda há um longo percurso para assegurar envelhecer com qualidade, autonomia e orgulho.
A ausência de espaços inclusivos e a falta de preparo dos profissionais na área da saúde contribuem para o isolamento social dessa população idosa. Embora a Política Nacional de Saúde Integral LGBT reconheça a identidade de gênero e orientação sexual como determinantes de saúde, sua implementação ainda é limitada, deixando a população LGBTQIA+ idosa invisível nas ações do SUS. É urgente transformar essa política em prática efetiva, garantindo cuidado com dignidade e inclusão.
A OMS fala de quatro pilares importantes para se pensar no envelhecimento ativo: saúde, educação, segurança e aprendizado ao longo da vida. Quando ampliamos os serviços especializados para pessoas idosas, como espaços de convivência, capacitação em nome social e acolhimento à diversidade corporal, o resultado representa não apenas uma demanda sanitária, mas também um expressa a valorização os direitos humanos, à diversidade e promove a cidadania.
Entidades como ABGLT e Aliança Nacional LGBTI desempenham papel essencial ao incluir o envelhecimento LGBTQIA+ na agenda pública, promovendo eventos e mobilizações, como a Parada de São Paulo em 22 de junho de 2025, que teve o tema central “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Esse protagonismo fortalece a construção de políticas afirmativas e favorece a inclusão da perspectiva geracional nas decisões governamentais.
Defender a saúde especializada para a comunidade LGBTQIA+ que envelhece é promover uma longevidade marcada pelo orgulho, autonomia e dignidade. A promoção da autonomia e da qualidade de vida exige profissionais capacitados, ambientes acolhedores e redes de apoio sensíveis às necessidades de cada pessoa. Quando o cuidado é conduzido com empatia, técnica e presença, torna-se possível transformar o envelhecer em uma experiência mais segura, respeitosa e cheia de significado.
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