Idosos e Golpes Digitais: Falta de Acesso Aumenta a Vulnerabilidade
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 28 de jul.
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Na era da hiperconectividade, em que serviços essenciais migraram para o ambiente digital, o acesso à cidadania tem se tornado cada vez mais dependente da familiaridade com as tecnologias digitais. No entanto, para uma parcela significativa da população idosa brasileira, esse cenário representa não apenas um obstáculo, mas também um fator de risco. A falta de familiaridade com esses sistemas, combinada à ausência de suporte presencial, cria um terreno fértil para golpistas que se aproveitam da desinformação, da solidão e da confiança característica dessa faixa etária.
A matéria publicada pela Agência Brasil (abril de 2025) escancara uma realidade alarmante: a dificuldade da pessoa idosa em acessar serviços digitais tem os tornado alvos frequentes de golpes, especialmente financeiros. Com o avanço da digitalização, instituições bancárias, órgãos públicos e sistemas de saúde passaram a exigir competências mínimas no uso de aplicativos, senhas, QR Codes e autenticações digitais. Entretanto, muitas pessoas idosas enfrentam barreiras que vão desde o analfabetismo digital até limitações físicas, cognitivas e socioeconômicas.
É importante destacar que o problema não está apenas na tecnologia em si, mas na forma como ela é implementada e imposta, desconsiderando a diversidade do envelhecimento. A lógica digital, centrada na agilidade e na automação, contrasta com a necessidade de acolhimento, orientação e tempo para compreensão que muitas pessoas idosas demandam. Assim, em vez de promover a inclusão, o ambiente digital, sem mediação adequada, contribui para reforçar desigualdades e expor essa população à violência.
Promover um cuidado verdadeiramente integrado vai além da assistência médica, envolve uma equipe multiprofissional que enxerga a pessoa idosa em sua totalidade, com suas necessidades de segurança, autonomia, informação e respeito. O enfrentamento da exclusão digital não é apenas uma pauta tecnológica, mas um imperativo ético e social. Para garantir um envelhecimento digno e protegido, é possível oferecer monitoramento contínuo através do cuidado domiciliar envolvendo também a mediação com o mundo digital. Integrar esses eixos é fundamental para que pessoas idosas possam usufruir de seus direitos com autonomia, segurança e confiança.
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