A arte de envelhecer: quando atividades em grupo, transformam a saúde mental
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- há 23 horas
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Estudo recente, divulgado pelo jornal Correio do Povo, revelou que atividades artísticas em grupo, como pintura, dança, canto e teatro, podem ser eficazes no tratamento de sintomas de ansiedade e depressão em pessoas idosas. A pesquisa analisou mais de 3.300 idosos com depressão e cerca de 950 com sintomas de ansiedade, apontando que essas práticas contribuem para a melhora significativa do bem-estar emocional e da qualidade de vida. No entanto, especialistas reforçam que esses benefícios são potencializados quando ocorrem em um contexto de integração familiar e com o suporte de uma equipe multidisciplinar, especialmente no ambiente domiciliar.
A presença ativa da família no dia a dia do idoso tem um papel fundamental nesse processo. Quando filhos, netos e cuidadores familiares participam ou incentivam atividades artísticas, fortalecem vínculos afetivos, reduzem o isolamento social e ampliam o senso de pertencimento do idoso ao núcleo familiar. Esse envolvimento não apenas favorece a autoestima, mas também cria um ambiente emocionalmente seguro e acolhedor, promovendo um envelhecimento ativo.
Geriatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais da saúde podem planejar intervenções específicas, levando em conta limitações físicas, cognitivas ou emocionais. A psiquiatra Lara Miguel Quirino de Araújo, da Unifesp, destaca que a combinação entre arte e acompanhamento clínico pode inclusive reduzir o uso de medicamentos, desde que haja um plano terapêutico individualizado. Já o psiquiatra Luiz Gustavo Vala Zoldan, do Hospital Israelita Albert Einstein, ressalta que esse tipo de abordagem contribui não só para a saúde mental, mas também para a redução de custos com tratamentos farmacológicos prolongados.
Levar essas práticas para dentro do domicílio torna o processo ainda mais eficiente e acessível. Alguns idosos, com limitações de locomoção, enfrentam barreiras logísticas ou físicas para participar de oficinas em centros de convivência ou instituições, podendo ser promovidas e adaptadas dentro do lar com o apoio especializado e dedicado. Por outro lado, idosos que possuem autonomia podem contar com um suporte pronto para realização e presença nestes ambientes de atividades artísticas, físicas e estimulantes. Além disso, esse modelo facilita a participação da família e permite um acompanhamento mais próximo por parte de cuidadores e profissionais de saúde. Sessões semanais, com duração de 60 a 90 minutos, têm demonstrado resultados positivos e sustentáveis ao longo do tratamento.
Portanto, envelhecer com qualidade exige mais do que cuidados médicos, requer um olhar sensível, humano e que reconheça a singularidade de cada pessoa idosa. Combinando afeto, técnica e presença, transformando a experiência do envelhecimento em um processo mais leve, digno e autônomo.
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