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O tabu sobre os “asilos”: quando institucionalizar?

  • Foto do escritor: Grupo Acolher e Cuidar Franchising
    Grupo Acolher e Cuidar Franchising
  • 2 de mai.
  • 2 min de leitura


A matéria da BBC News Brasil, intitulada "'Não tive saída, coloquei minha mãe em uma instituição': o tabu sobre idosos em 'asilos'", se destacou pela sua comovente história de Ana Clara Lisboa, que se viu diante de uma decisão extremamente difícil: internar sua mãe, Enila Guimarães, em uma instituição de longa permanência para idosos (ILPI).


Enila foi diagnosticada com uma doença degenerativa que evoluiu para um quadro de demência e perda total da mobilidade, exigindo cuidados contínuos e especializados. Ana, enfrentando um episódio grave de depressão e sem o apoio necessário para oferecer os cuidados que a mãe demandava, sentiu-se sem saída.


Muitas pessoas ainda veem sobre a visão de que as ILPIs são lugares de abandono para pessoas idosas, fazendo com que decisões como a de Ana sejam acompanhadas de culpa, julgamentos e sofrimento. No entanto, a geriatra Karla Giacomin defendem que essas instituições, quando bem estruturadas, podem ser ambientes acolhedores, com profissionais capacitados e infraestrutura adequada para garantir a saúde, a dignidade e o bem-estar de seus hospedes, especialmente nos casos em que a família já não tem mais condições físicas, emocionais ou financeiras de cuidar sozinha.


A matéria e a experiência de Ana, abre espaço para refletir sobre alternativas à institucionalização, especialmente quando há possibilidade de oferecer à pessoa idosa cuidados contínuos dentro do próprio lar. A assistência domiciliar, feita por profissionais capacitados e com acompanhamento adequado, pode ser uma solução viável e humanizada para muitas famílias. Esse modelo permite que o idoso permaneça em um ambiente familiar e afetivo, preservando vínculos emocionais e rotinas que favorecem seu bem-estar físico e mental. O cuidado próximo dentro do lar proporciona não apenas conforto, mas também segurança, autonomia e dignidade — fatores essenciais para uma melhor qualidade de vida na velhice. Em muitos casos, essa é uma alternativa que equilibra o suporte necessário com a valorização da história e da individualidade do idoso, representando uma possibilidade real de envelhecer com respeito e cuidado em casa.




 
 
 

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