O Poder Da Música Terapêutica, A Musicoterapia Gera Envelhecimento Ativo?

No contexto do envelhecimento, a musicoterapia vem ganhando relevância clínica e social ao atuar sobre dimensões cognitivas, emocionais e relacionais da pessoa idosa. Ao mobilizar memórias autobiográficas, favorecer expressão afetiva e criar espaços de convivência, a música deixa de ser apenas lazer, torna-se tecnologia de cuidado, com potencial para reduzir isolamento, estimular a comunicação e sustentar autonomia.

Segundo matéria publicada no Portal do Envelhecimento e Longeviver,  detalha como práticas de musicoterapia intergeracional aproximam pessoas idosas de crianças e jovens em atividades de canto, execução de instrumentos e movimentos rítmicos. O foco é menos a performance e mais o vínculo: canções do repertório de vida do idoso são revisitadas, favorecendo lembranças, autoestima e sentido de continuidade; em paralelo, novos sons apresentados pelos mais jovens ampliam referências e mantêm a mente engajada. O texto sublinha que essas trocas reduzem a solidão, reforçam pertencimento e criam um ambiente de apoio e cuidado mútuo.

A matéria também destaca que a musicoterapia atua como “ponte comunicativa”, mesmo quando há limitações de linguagem ou retraimento, o ritmo e a melodia funcionam como vias alternativas de expressão. Em oficinas estruturadas, profissionais ajustam tonalidade, tempo e repertório à história de cada idoso, estimulando atenção, linguagem, coordenação e regulação emocional. O resultado observado é a melhora do humor, maior participação social e fortalecimento da identidade, gerando efeitos que dialogam diretamente com objetivos de envelhecimento ativo e com a prevenção de perdas funcionais.

Experiências como as da musicoterapia intergeracional mostram que o envelhecimento pode ser vivido com mais vitalidade quando há conexões reais entre gerações. Promover esse tipo de interação é um dos pilares da assistência domiciliar, que adapta atividades à vivência e à história de cada pessoa idosa, ampliando o bem-estar emocional e cognitivo. Ao integrar a equipe multidisciplinar e familiares em práticas que unem afeto e estímulo, o cuidado ganha uma nova dimensão: a de fazer do envelhecer um processo cheio de som, significado e humanidade.

Saiba mais no link: https://portaldoenvelhecimento.com.br/intergeracionalidade-caminhos-da-musicoterapia/