“Filme: “Meu pai” O retrato real de um homem senil ”
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 2 de set.
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O filme Meu Pai (The Father, 2020), dirigido pelo dramaturgo francês Florian Zeller e adaptado de sua peça Le Père (2012), é uma das mais contundentes representações cinematográficas da demência. Estreou no Festival de Sundance em janeiro de 2020 e foi lançado mundialmente em 2021, conquistando seis indicações ao Oscar, entre elas Melhor Filme, Melhor Atriz Coadjuvante (Olivia Colman) e Melhor Roteiro Adaptado, vencendo nas categorias de Melhor Ator, para Anthony Hopkins, e Melhor Roteiro Adaptado, para Zeller e Christopher Hampton.
Na trama, acompanhamos Anthony (Anthony Hopkins), um homem de 81 anos que resiste à ajuda da filha Anne (Olivia Colman), mesmo quando sua memória e percepção da realidade começam a se fragmentar. O longa se destaca por narrar a história a partir do ponto de vista do próprio Anthony, criando uma experiência sensorial em que o espectador compartilha a confusão mental do protagonista.
A demência é retratada com rara sensibilidade, mostrando como a pessoa idosa se perde em meio a lembranças desconexas, situações que se repetem e identidades que parecem se dissolver diante de seus olhos. O espectador é colocado na posição de vivenciar a confusão de Anthony, partilhando da instabilidade emocional e cognitiva que define sua rotina. Mostra também como a família enfrenta a dor silenciosa, representando a difícil posição de quem ama e, ao mesmo tempo, lida com a sobrecarga emocional do cuidado.
Ao expor a devastação causada pela perda cognitiva, Meu Pai também lança luz sobre os desafios do envelhecimento e da vida em família. Nesse contexto, a Assistência Domiciliar surge como uma alternativa fundamental, capaz de preservar a autonomia da pessoa idosa em seu ambiente afetivo, oferecendo cuidados personalizados que evitam hospitalizações recorrentes e proporcionam alívio à sobrecarga emocional dos familiares. Se o filme evidencia a dor e a vulnerabilidade do processo de envelhecer, a Assistência Domiciliar aponta para um caminho de dignidade, afeto e qualidade de vida.










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