Cada palavra conta, pessoa idosa com fala lenta pode indicar inicio de Alzheimer
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 26 de set.
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Às vezes, são nos pequenos sinais que surgem avisos importantes, uma fala mais pausada, hesitações frequentes ou longos silêncios ao responder podem passar despercebidos, mas estudos recentes indicam que essas sutilezas na forma de falar podem ser indicadores precoces da doença de Alzheimer. Para a pessoa idosa e sua rede de cuidado, reconhecer esses sinais não é motivo de pânico, mas uma oportunidade para agir de modo preventivo abrindo caminho para intervenções.
Um artigo publicado no portal Verywell Health mostra que mudanças sutis no ritmo da comunicação, como falar mais devagar, fazer pausas longas durante a recuperação de memória ou demorar para encontrar palavras, podem estar ligadas aos estágios iniciais do Alzheimer. Esses sinais, embora sutis, são muitas vezes confundidos com o envelhecimento natural, mas estudos recentes revelam que podem indicar algo mais. Pesquisas com adultos que apresentavam comprometimento cognitivo leve (MCI) verificaram que ferramentas de inteligência artificial, com mais de 78% de acurácia, conseguiram prever a progressão para Alzheimer ao longo de seis anos a partir da análise desses padrões de fala.
O artigo também ressalta que, ao identificar precocemente essas alterações de linguagem da pessoa idosa, é possível adotar estratégias de comunicação que tornam o envelhecer mais digno e funcional. Práticas simples, como oferecer mais tempo para respostas, usar frases curtas e claras, repetir perguntas com paciência e estimular a segurança para que a pessoa idosa se expresse sem pressa ou vergonha, ajudam a reduzir frustrações e ansiedade. Essas medidas não apenas favorecem a funcionalidade no dia a dia, mas também diminuem o isolamento social frequentemente associado ao envelhecimento e ao declínio cognitivo, fortalecendo vínculos e preservando a autoestima.
Quando a assistência domiciliar é qualificada e cuidadosa, os pequenos sinais de mudança na fala não são ignorados, eles são observados, valorizados e usados como base para construir um cuidado mais efetivo. Uma equipe multidisciplinar bem treinada pode oferecer suporte adaptado, ajustar o ritmo da conversa, permitir o tempo necessário, usar técnicas que respeitem o ritmo da pessoa idosa e promover ambientes de comunicação acolhedores. Esse tipo de atenção promove qualidade de vida, bem-estar emocional e segurança, pois ajuda o idoso a continuar se sentindo ouvido, competente e valorizado mesmo diante dos desafios cognitivos.
Saiba mais no link: https://www.verywellhealth.com/slower-speech-alzheimers-disease-11779111
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