Bonecas Reborn e Alzheimer: Quando o afeto vira rerapia
- Grupo Acolher e Cuidar Franchising
- 7 de jul.
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Publicado no Portal do Envelhecimento, um artigo escirito por Simone de Cássia Freitas Manzaro, discute o uso crescente de bonecas realistas como uma ferramenta terapêutica no cuidado de pessoas idosas com Alzheimer.
Os bonecos conhecidos como bebês “reborn”, têm se mostrado eficazes na redução de sintomas como agitação, agressividade, ansiedade e solidão, promovendo uma resposta emocional positiva nos pacientes. Muitos idosos, especialmente mulheres, estabelecem uma conexão afetiva com essas bonecas, despertando lembranças da maternidade, do cuidado e da proteção. Esse resgate da memória afetiva contribui para o bem-estar emocional, gerando sentimentos de utilidade, acolhimento e paz interior.
Segundo profissionais da área, embora não substituam medicamentos ou tratamentos clínicos, as bonecas representam uma abordagem complementar e não farmacológica altamente sensível e eficaz. Elas favorecem a comunicação verbal e não verbal, além de estimular o toque, o olhar e a empatia. No entanto, a introdução desses objetos no ambiente de cuidado deve ser feita com muita cautela e respeito. É fundamental a comunicação com a família, observar a reação das pessoas idosas, evitar qualquer tentativa de infantilização e garantir que a interação seja espontânea. Entre as recomendações, está a de oferecer a boneca sem forçar a aceitação, deixá-la acessível e visível no ambiente, e sempre respeitar os sentimentos da pessoa idosa diante do objeto.
Casos reais, como o de uma senhora de 90 anos em Alagoas, demonstram o impacto positivo dessa técnica, apresentando redução significativa nos níveis de ansiedade e um aumento na tranquilidade e no conforto emocional.
A abordagem inusitada reforça princípios fundamentais do atendimento domiciliar humanizado, que vai além dos cuidados clínicos para valorizar a conexão emocional, a memória afetiva e o respeito à individualidade de cada paciente. No contexto domiciliar, onde a pessoa idosa está cercado de lembranças, familiares e um ambiente que lhe é comum, o uso dessas bonecas torna-se ainda mais poderoso.
A assistência domiciliar tem como um de seus pilares o cuidado centrado na pessoa, em que o idoso é reconhecido em sua totalidade em história de vida, emoções, crenças e desejos. O cuidador e a equipe multiprofissional não agem apenas como executores de tarefas, mas como alguém que constrói vínculos, ouve, respeita e acolhe. Assim, práticas como o uso de bonecas terapêuticas, músicas do passado, cheiros familiares e conversas sobre memórias antigas são ferramentas de grande valor nesse modelo de atenção.
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