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Cultura é um Direito! Por que Ainda Excluímos os 60+?

  • Foto do escritor: Grupo Acolher e Cuidar Franchising
    Grupo Acolher e Cuidar Franchising
  • 2 de jul.
  • 2 min de leitura

Segundo o artigo, publicado no Portal do Envelhecimento, a participação de pessoas idosas em atividades culturais ainda é bastante limitada no Brasil. 


Dados da pesquisa Cultura nas Capitais (2025) revelam que menos de 30% das pessoas com 60 anos ou mais frequentam atividades como shows, museus, teatro ou feiras literárias. A leitura é uma das poucas práticas com maior adesão, alcançando 51% do público idoso. As desigualdades socioeconômicas e regionais agravam essa exclusão: nas classes D/E, por exemplo, 70% nunca foram a museus, 72% nunca estiveram em uma peça de teatro e 78% nunca participaram de uma feira do livro. Nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a presença em eventos culturais também é ainda mais baixa. Por outro lado, a pesquisa aponta um dado surpreendente: idosos negros apresentaram maior frequência de participação cultural nas capitais do que idosos brancos. 


Para o especialista Olímpio Ferreira, é essencial que os idosos sejam ouvidos na formulação de políticas culturais e incluídos como protagonistas não apenas no consumo, mas também na produção de cultura. O Brasil possui marcos legais importantes, como a Política Nacional do Idoso e o Estatuto do Idoso, que garantem o direito à cultura, educação, esporte e lazer. Tais direitos preveem a inclusão dos idosos em manifestações culturais intergeracionais, respeitando suas identidades e seus saberes. Diante do crescimento acelerado da população idosa — que teve um aumento de 57,4% entre 2010 e 2022, segundo o IBGE — a cultura deve ser compreendida como um instrumento essencial para combater o isolamento e os estigmas associados ao envelhecimento, como a fragilidade e a improdutividade.


Com essas fragilidades expostas, a assistência domiciliar amplia sua atuação para além dos cuidados com a saúde física, incorporando ações que promovam a participação ativa dos idosos nas atividades culturais e sociais do dia a dia. Levando oficinas criativas, rodas de leitura, vídeos culturais e conversas sobre arte ao ambiente domiciliar, além de facilitar o acesso remoto a eventos e conteúdos culturais, contribui significativamente para o bem-estar emocional e cognitivo dessa população. 


A atuação dos cuidadores deve ser de incentivo e mediação, garantindo acessibilidade, dignidade e protagonismo à pessoa idosa. Dessa forma, a assistência domiciliar se torna um espaço de valorização da identidade, fortalecimento dos vínculos sociais e promoção de um envelhecimento ativo, digno e culturalmente integrado.



 
 
 

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